No início da semana 12 lá fomos para a ecografia para ver a translucência da nuca e aquelas coisas todas que os médicos querem medir, na esperança de que não se visse o sexo - sabia que nesse caso a probabilidade de ser rapariga era maior.
Começamos a ver a criatura, de lado, de frente, a borboleta que é o cérebro, o coração a bater rápido. Queriam ver os braços e as mãos mas ele com uma delas agarrada à mona, olho para o seu progenitor que tinha o braço no mesmo preparo. A hereditariedade lamarckista é surpreendente, peço-lhe já enervada que largue o cabelo para contarmos os dedos à criatura. Estranhamente o filho segue-o.
Perguntam-me se eu já tenho preferência por sexo, como não se até já há nome - o meu instinto maternal sabe carregar uma Maria Leonor no seu ventre. A médica olha para mim levantando as sobrancelhas, está a ver aqui as pernas abertas? Este alto grande no meio? Normalmente não se vê às 12 mas este não deixa dúvidas, tem pilinha.
No meio dos pulos e saltos que dava na minha barriga, e eu ainda sem sentir esta criatura com tanta genica e força de impulso, parece fazer do meu útero um recreio divertido, teve tempo de se virar de rabo para a câmara qual next geração rasca e melhorar o protocolo. Para além de se baixar e exibir o traseiro, abriu bem as pernas para se visse o que tem no meio delas. Mãe, Maria Leonor o c-asteriscos!. E depois continuou nas suas piruetas.
Acho-lhe graça. Sempre gostei de gente que luta pelo que é seu. O futuro promete belas e coloridas discussões.