Ontem vi um programa mais divertido que os contemporâneos, apesar de lhe faltar a brasa do Nuno Lopes (sou fã e tenho direito a apetites).
A Carmelinda Pereira parecia um personagem do Good Bye Lenin com ovo a cavalo, deve ter entrado em coma no início do PREC e desde que acordou têm conseguido esconder-lhe a realidade do país em que vivemos.
Ao seu lado um representante do PCTP/MRPP sem 1/10 da piada ou 1/100 da inteligência e perspicácia do Garcia Pereira, com 10 vezes mais agressividade e da gratuita, insultando a apresentadora pelo alinhamento das perguntas, cumprindo o legado do grande educador do povo português explicando-lhe à frente de todos nós o que ela devia ter feito em vez das escolhas que seguiu.
A Ilda foi ao consultor de imagem e trouxe uns olhos soberbamente sublinhados, apesar de continuar a carregar no same old play button.
O Vital estava mais vendido que um magalhães na Feira da Ladra, a querer defender coisas nas quais não acredita e sem a força e a qualidade que sempre lhe reconheci.
O Paulo Rangel tinha uma cor acinzentada, parece-me que precisa de menos papas e mais vegetais e fruta, e um raiozito de sol para fixar a vitamina A, mas isto sou eu que não tenho qualquer pasta governativa.
A Laurinda Alves continua com síndrome X frágil mais acentuado que nunca, fez questão de nos contar dos casos da vida real que encontrou por esse Portugal em vez de responder às perguntas que lhe eram feitas. Minto: quando questionada sobre o tratado de Lisboa anunciou impante, como quem descobre o ovo de colombo ou grita que o rei vai nú, que as bolsas erasmus e programas comenius são muito mais importantes que qualquer tratado, enquanto repetia o mantra "não perguntemos o que a UE pode fazer por nós, mas sim o que podemos fazer pela felicidade uns dos outros", com Kenedy a dar voltas na tumba à sua conta.
Havia ainda um senhor que parecia um alho francês com orelhas do tamanho do aeroporto da portela, outro de cara de prepúcio triste e um sosia do irmão do Hugh Jackman no X-men (mas sem garras sujas de preto, que tivesse notado).
Os únicos que fizeram intervenções interessantes, pertinentes e inteligentes foram o Miguel Portas e o Nuno Melo (que apesar da mise não é um tipo nada parvo). Não estava a pensar votar em nenhum dos dois, o que me aborrece como quando o Benfica perde jogos.
Alguém podia ter avisado a Fátima que não é boa ideia sentar 13 à mesa.