Um dia comecei a senti-lo. Primeiro tímido, um safanãozinho por dentro da barriga. Depois mais uns quantos, como se fosse um hamster às voltas numa roda de plástico. Habituei-me a esses sinais de vida que vão aumentando de intensidade, a sua prova de existência diária.
Ainda estamos em estado de graça um com o outro, não me chateia nem me pesa demasiado. Ando toda inchada mas apenas de orgulho pela quantidade de vezes por dia que oiço quão bonita me faz esta gravidez, mais porque de facto o sinto. Sinto-me bonita e atraente, feminina e elegante, com uma barriga orgulhosa e um sorriso que o demonstra.
Deitada no sofá enroscada com o autor da sua existência com a mão na minha barriga, sentiram-se pai e filho. A ateíssima trindade começou.
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2 comentários:
já me disseram que essa foto é uma montagem, mas é gira.
os pontapés são uma das coisas maravilhosas da gravidez, às vezes ainda os sinto apesar de não estar grávida há 5 anos :). Lá para o fim quando dão a volta espetam o pé por dentro da nossa costela e dói e dizemos, tira daí o pé.
acho que com as camadas de músculo que há entre o bebé e a epiderme seria anatomicamente indesejável ver-se mais que uns altos alienigenas na barriga da mãe. Um pé com este detalhe seria impossível. Mas lá que é giro, é.
Hoje senti-o dar uma cambalhota cá dentro pela primeira vez, que ternura.
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