A passear com o miúdo no carrinho, de sapatos de sola de pele e saltos altos. Orgulhosa no meu andar e cada vez mais confiante, atendo o telemóvel e ala centro comercial fora a fazer inveja a muito polvo. Já de saída para o carro enfrento um tapete rolante descendente. Ainda hesito um pouco, sempre estou de saltos altos, a empurrar um carrinho de bebé e a falar ao telefone, talvez fosse bom esperar. Mas não, a super mulher Ester não se acanha diante de uma qualquer adversidade e abre os olhos frente ao precipício, caindo verticalmente no vício.
Crianças, não tentem isto em casa!
Crianças, não tentem isto em casa!
Descobri que não apenas as rodas dos carrinhos deslizam no tapete como as minhas lindas botas de sola lisa, pelo que tive de me agachar agarrada aos manípulos do carro para o/me/nos parar. Entre a posição de galinha chocadora e os gritinhos histéricos, entremeados com "já te ligo", toda a compostura de MILF gabardine esvoaçante e saltos altos se foi, mas evitei a entrada directa no carro através dos vidros do estacionamento, sem passar na casa partida e sem pagar dois contos.
2 comentários:
It´s harder, without mind...
much harder. Dizem-me que os neurónios que se foram já não voltam. Não sei se vou conseguir sobreviver sem eles, pelo menos sem partir um qualquer membro.
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