Quarta à noite, família toda na cama enquanto se aleita o rebento.
- Estás a sentir?, perguntou-me ele
- A sentir o quê?
- Isto!
- Se parares de abanar a cama talvez consiga sentir...
- Não sou eu que estou a abanar a cama.
Silêncio
- Se não és tu, achas que temos poltergeist em casa? (estava mesmo a falar a sério, resquícios dos anos 80, vítima de Spielberg em 1º grau)
- Acho que é um tremor de terra, avançou ele.
- Que disparate, deve é ser a máquina de lavar a roupa que está a centrifugar fora do sítio, vai lá ver. (e o mais extraordinário é que apesar de isso nunca ter acontecido ele foi mesmo. Não era)
O bebé continuava a mamar que Deus lhe dava e nós começámos a fazer planos de emergência.
- Se for um terramoto à séria vamos para a rua e levamos o bebé no sling, achou ele
- Com a quantidade de prédios à volta ainda apanhamos com um tijolo na mona, acho melhor ficarmos em casa. Quer dizer, se as paredes não cairem...
Olhamos um para o outro, pensando que talvez as paredes caiam mas se não falarmos no assunto pode ser que se aguentem.
- Vou à internet para saber o que se está a passar.
E foi assim que o facebook e o twitter me salvaram de uma noite passada na rua de bebé a tiracolo, a fugir de putativos blocos de cimento. É no que dá ver trailers de filmes catástofre antes de ir para a cama.
2 comentários:
Também se pode ir aqui: http://www.emsc-csem.org/index.php?page=home, a informação apareceu poucos minutos depois do abalo
no instituto nacional de meteorologia e geofísica também deu um ar da sua graça. (O que eu gosto dizer instituto nacional de meteorologia e geofísica e tenho tão poucos motivos...)
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