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1127º pontinho vermelho a contar da esquerda.
Pois, às tantas as bloggers minhotas interessam-se mais por temas nacionais.
A questão da inclinação de Lisboa, habilmente explicada aqui, parece-me apenas acessória à do civismo na estrada e condições lojísticas para o uso da bicicleta. Não se pode levá-la nos transportes, no comboio apenas nos urbanos, regionais e interregionais, se e só se, autorizado pelo picas de serviço - o que não é de todo um estímulo para quem precise de usar os transportes públicos em conjunto com a bicla. Convenhamos que pedalar de Mem Martins até ao centro de Lisboa é façanha apenas ao alcance de Venceslaus que têm mais que fazer que ir trabalhar para o escritório a suar em bica e a cheirar mal.
Hoje houve alguém que aqui veio dar procurado no google por respostas curtas parvas e idiotas. Nunca este blog foi tão bem definido.
Bacalhau à Brás (4 pessoas)
Ingredientes:
750 g de bacalhau demolhado (duas ou três postas)
750 g de batatas - ou 1 pacote grande de batata palha
1/2 kg de cebolas (duas médias grandes)
3 1/2 dl de azeite (a olho)
1 alho (um dente ou dois)
6 ovos (para aí)
salsa picada, sal e pimenta q.b.
Receita:
Escalda o bacalhau, (põe-no no escorredor e faz passar água quente), tira-lhe as peles e espinhas e desfia.
Pica as cebolas e o alho, aloura em azeite quente no tacho metalizado (até ficarem com ar opaco e mole).
Junta o bacalhau, dzzzz dzzz, até achares que está (quando fica com ar meio cozinhado mas sem estar espapassado, mexe, põe a tampa e deixa ficar um bocado).
Atira as batatas palha, zuca zuca, mexe mexe, até ficarem moles e uma coisa homogénea (deixa ficar um bocado, com a tampa também).
Bate os ovos na taça redonda nº 2, junta pimenta e um nadinha de sal (não te esqueças de provar o bacalhau, para ver como ficou demolhado).
Quando já tiveres os convidados todos em casa podes atirar os ovos para a mistura preparada, mexe mexe sem deixar secar mas até aos ovos estarem agarradinhos ao resto da matéria prima.
Põe numa travessa e enfeita com as azeitonas e a salsa que já deixaste picada na tábua azul.
Não sei o que significa entregar a vontade e a vida a uma entidade que não se vê. Sei que passamos os primeiros anos sob os desígnios dos pais, contra os quais nos rebelamos na adolescência e com quem, com sorte e maturidade, fazemos as pazes na vida adulta e podemos finalmente viver a relação em pleno.
Quando a personalidade se constrói em alicerces virtuais, em fachadas para não mostrar fraquezas, quando se tem medo de mostrar o lado frágil, vulnerável, magoável, come as possibilidades de humildade e gratidão necessários ao amor incondicional.
Depois de partir tudo à volta, tudo mesmo, esperar sair renovado mas que nos levem ao colo sem que tenhamos de pedir - sem perceber que os braços são de fraco músculo para tanto peso - vem a ansiedade, a insatisfação, o síndrome calimero a quem todo o mundo deve mas não parecem saber como dar.
Estou aflita, tenho medo, vejo padrões repetidos e que queria ver desaparecidos.
Não quero que voltes a ser aquele que eras, quero nunca mais ver o que foste. Quero-te agora como realmente és, com as qualidades que já conheço mas também com os defeitos e fraquezas que andaste habilmente a esconder durante tanto tempo. Uma pessoa inteira.
O problema da adicção não são as drogas ou o álcool, são os mecanismos que levam a pensar que se é melhor com uma consciência que não é a sua. Triste logro. Por muito mau que se possa ver ao espelho da alma, a realidade é sempre melhor que a ficção.
Salve, Rainha, mãe de misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, salve!
Um homem que afirma "I will listen to you, especially when we disagree", tem toda a minha atenção. Para ele e todos os que acreditam e lutam para que as coisas sejam diferentes, Ben Harper (filho de um mestiço preto/cherokee e de uma branca judia) parece-me o mais apropriado.
Numa loja elegante e bem arranjada, onde os brinquedos sexuais eram tão bonitos que poderiam facilmente passar por objectos decorativos em qualquer centro de mesa, interessei-me por um espartilho de brocado verde. Fiz perguntas aos donos da loja, experimentei, aconselhei-me, conversei como em qualquer outro sítio. Ficaram tão surpreendidos com a minha tranquilidade que se ofereceram para me descontar metade do preço, conquistando a minha felicidade em várias frentes.
Achei curioso que apenas no espaço de bdsm se vendessem quadros (horripilantes, mas para o caso não interessa), livros sobre sexualidade, e informação sobre o que é são, seguro e consensual. Como se só quem gostasse de andar na corda bamba íntima se preocupasse com os porquês e como das coisas.