Tenho uma relação estranha com Baz Luhrmann. Da primeira vez que vi o Romeu e Julieta odiei; à segunda fiquei encantada. Com o Molin Rouge foi amor à primeira vista. Australia cansou-me, desesperou-me e divertiu-me. Os twists propositadamente previsíveis provocaram-me gargalhadas, parecia que o encontrava atrás do ecran a piscar-me um olho, here's looking at you kid. Ele brinca com os clichés todos, os maus e os bons, o homem rude e a mulher sofisticada, os ricos e os pobrezinhos, os autóctones que não podem entrar no saloon dos brancos, o oficial britânico que desiste de lutar por uma possibilidade de romance. Western, guerra, amor, bebidas que provocam caretas, soluções milagrosas para desastres iminentes, beijos à chuva, bailes de gala e entradas arrebatadoras.
Australia conta-se em duas linhas: homem, mulher e criança, uma missão, perdem uns actores secundários pelo caminho até ao happy ending final. Os bons são recompensados, os maus são presos, a verdade ganha sempre.
Oz é o nome coloquial para a Austrália. Com tanta sorte Victor Fleming, um dos realizadores amplamente citados durante as 3h do filme, tinha feito há 80 anos o Feiticeiro de Oz, usado como leit motiv para nunca nos esquecermos que algures no final do arco-iris, lá bem em cima, todos os sonhos são possíveis.
6 comentários:
Last but not least! :-)
a menina parece estar a dizer-lhe "deixa lá o cavalo e faz-me um cafuné" acertei?
nada least Ana, nada least...
manyfaces, ou então "leva-me contigo"
Tem graça: a primeira vez que vi o "Romeu e Julieta" também achei o exercício esgotante. Terão sido efeitos de uma releitura do "Sentido da Vida"? Acontece que não me lembro se esse passou antes ou depois.
O que tu me fazes lembrar...
Eu disse-te que ia ser uma granda seca!
Ainda bem que nao fui...
O Jackman a cheirar a cavalo nao... O Jackman comigo numas ferias na Ozland... isso sim e que seria uma longa metragem!!!!
~
Bjs
L.
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