sexta-feira, setembro 26, 2008

O professor me ensinou a fazer uma carta de amor*

Desço a rua e vejo o carteiro sentado num banco de jardim, com o carrinho do correio ao lado. Está a ler uma carta e a sorrir, num quadro tão harmonioso que parece inventado por um publicitário empenhado em aumentar o volume de envelopes ao estado.

De repente sou assaltada por uma dúvida maquiavélica. Seria para ele?


*ouvir aqui ou aqui

7 comentários:

a trapezista disse...

Acho que já tivemos esta conversa, mas repito: contra tudo e contra todos prefiro a versão da Maria João. Ironicamente, acho-a mais brasileira.

Anónimo disse...

Não. Era uma carta perdida do Day-Lewis para a M. Pfeiffer. Amores antigos...

D. Ester disse...

e eu a da Cássia, tem uma sonoridade mais reivindicativa.

Uma carta perdida dos tempos em que o amor era possível ou a pedir desculpa por afinal se ter enganado?

Anónimo disse...

foi uma carta que ele escreveu naquela noite em que soube que ia ter um filho. Dizia-lhe que se sentia dividido entre o compromisso e o amor... que queria muito estar com ela. Que precisava de saber o que ela sentia por ele. Que viesse depressa para NY...
.. parece que afinal não chegou ao destino. Ainda bem. Tinha-se por certo perdido um grande filme... Egoismo meu...

sem-se-ver disse...

(um enorme filme)

D. Ester disse...

eu detesto aquele final, mas é o que dá sentido ao filme. Donde, detesto aquele filme.

Anónimo disse...

Sim, provavelmente por isso e